quarta-feira, março 11, 2009




"Você não sabe o quanto caminhei pra chegar até aqui..."

Dificilmente, faço deste espaço um diário direto. Ando escrevendo muito sobre os girrassóis e, sem dúvida alguma, me considero um deles. Sou meio esquisita, utópica, na real, acho que tudo isso nada mais é do que características de quem acredita, tem fé e coragem.
Amanhã, será um grande dia. Pegarei um canudo vazio e ele me dará um profissão. Contudo, não sou um número, um crachá, um diploma. Eu sou alguém que, mesmo depois de 4 anos de lutas, aprendizados, de castelos derrubados e convicções construídas, ainda acredita que "Estamos aqui pela humanidade".
Eu, com meu jeito inocente, com a característica de artista de sonhos, ainda acredito que tudo pode ser diferente e começa só pelo primeiro passo de olhar a pessoa que está do meu lado.
Nada foi em vão, nem mesmo aquelas aulas inúteis que te ensinam a como agradar seu chefe, eu aproveitava e fazia poesias nelas. Eu acho que minha maior faculdade foi a vida, as pessoas que me fizeram querer ser alguém melhor, que me permitiram errar, que me ajudaram nos acertos e a perceber que somos gente. Gente fraca, gente forte, gentu junto, enfim, gente!
Hoje, posso dizer que sou bem diferente daquela menina que pintou o rosto de preto, se encheu de adesivo e gritava "Chega de bomba, chega de ataque, fora imperialismo do Iraque". Hoje, aquela guria está mais madura, mas não perdeu seus sonhos. A garotinha de cabelos vermelhos continua viva e mais criança do que nunca, mais munida de perguntas, respostas e vontade de mudar a caretice toda. Como é bom não perder a fé na humanidade e, principalmente em nós mesmos. "Você acredita em Deus? Como, se é uma cientista?". Ah, baby, eu nunca fui muito convencional mesmo. Acredito sim, como acredito que a maior preciosidade que alguém tem é a própria inocência e os sonhos permitindo com que esta pessoa saiba que é capaz de fazer diferente e ser a diferença por isso.
Adorei este desenho não só pelo carinho que ele foi feito, mas porque meu cabelo mudou, tá curto. Sim, meu caro, é uma metáfora. "as coisas velhas passaram e tudo se fez novo".


Hoje, é um novo dia =D

Texto: Nathalia B. Triveloni

Ilustração: Zitone