quarta-feira, janeiro 02, 2008


Casinha (ou a lâmpada).

No escondido. Naquele lugar que é só meu, que apenas eu posso saber como chegar e qual é a entrada. O meu lugar, onde eu guardo o segredo da vida, o sentimento conturbado presente na falta e na saudade.
O meu lugar que agora você mora. Mora da forma clara, da forma confortável e feliz. Você mora bagunçando minha vida, atrapalhando a sua. Mora sem dor, no horizonte da expectativa em uma esperança de verdade.
Aqui é o seu lugar secreto, escondido, porém, livre.
E foi aqui que eu te guardei, que você foi gerado, que você ganhou espaço, formas e palavras. Aqui você é sentimento e vida... a dor, fica do lado de fora.
O seu barulho ao avisar a tua chegada, a trilha sonora que se encaixa com perfeição durante minhas poesias. Aqui você vive e se torna imortal.
Você existe e não existe, mas para mim, você é o quase real.
Texto: Nathalia B. Triveloni.
Ilustração: Jamerson Lima (Ninhol).

1 Comments:

At 1:23 AM, Blogger Elmo SR said...

isso me lembra a frase:
"queria te guardar num vidrinho...", de autor desconhecido.

 

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