sexta-feira, dezembro 29, 2006


A lenda.

E nos confins de meus pensamentos, ainda entro naquela história. Dizem que é lenda, mas eu acredito que seja a mais pura invenção da humanidade. É no canto da sereia, nas poções encantadas da Cuca... quem precisa de maçã da branca de neve? Com Iara, eu mergulho nas mais gostosas águas, me fortalecendo a cada dia. Nestas andanças pelo encantado, a chuva rebenta no meu céu, formando uma corrente de cores. Um arco-íris se forma e eu procuro o pote de ouro, mas não deixo de ser menina. Com tanto fascínio, me perco nesta selva, mas não uso nenhum pedaço de pão. Me guio pela pegada do Saci. A risada gostosa dele me prega um grande peça. Um pano branco que eu achava que seria um portal para o infinito, na verdade é um manto de algodão. Neste rodamoinho de magia a gente nunca morre, pelo contrário, o tempo caminha para trás. Estaria eu voltando para o útero de minha mãe? As roupas se tornam pesadas, o salto deu lugar a pés descalços, desta forma, posso sentir a terra molhada. Caminhando sem rumo, meu pequeno vestido branco é manchado pelo mel derrubado pelas abelhas arquitetas. Quando percebo, em minha frente se encontra a casa de doces. Entro sem me preocupar com quem é o dono daquela riqueza impagável. Neste momento, me recordo que nas histórias que ouvíamos para dormir, tudo aquilo pertencia a uma terrível bruxa. Me escondo, mas sem antes me abastecer de muito chocolate. Naquele cantinho, meus olhos se fecham... Seis da mnhã! De volta ao mundo real, percebo que tudo aquilo foi apenas um sonho. Que pena!

Texto: Nath Triveloni ao som de "Preta" ( C. do Fogo Encantado)
Arte: "Saci" - Egon Zakuska/Leandro Babu.

1 Comments:

At 9:43 PM, Blogger Blogildo said...

O texto é bonito. De fato, o que seria da vida e da imaginação das crianças sem as lendas?

 

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